O segundo trimestre, eu defino como o período do meio termo.

Eu já estava acostumada com uma nova rotina de sono e alimentação, aceitando bem as mudanças físicas e meu lado emocional começou a se estabilizar.

♥ Fisicamente ♥

No quarto mês, os vômitos pararam, os enjôos ainda vinham, mas em menor frequência. A azia começou a aparecer.

Meus seios ficaram enormes, bem escuros e com a pele grossa. Minha barriga não cresceu praticamente nada, só parecia que eu estava constantemente inchada.

Ainda sentia muito sono e minha fome não voltava por nada. Não ganhei nenhum peso.

Comecei a sentir o bebê mexer bem de levinho.

No quinto mês a azia atacou muito forte. Não importava o que eu comia ou bebia, me dava azia. Uma má digestão terrível.

A vontade de urinar diminuiu, mas em compensação o fluxo de corrimento aumentou muito. Isso mesmo, corrimento. Mas corrimento comum, sem cor ou cheiro, aquele que toda mulher tem, só que com um fluxo 3 vezes maior.

Mais um mês em que minha barriga não deu as caras. Apareceram umas manchas escuras nela, mas crescer mesmo, nadica. Só aquele leve inchaço no baixo ventre.

O bebê começou a mexer muito. Descobri o sexo.

No sexto mês, chegou o refluxo para acompanhar a azia. Minha fome ainda não tinha voltado e eu continuava comendo só por comer.

Tentei me alimentar bem o máximo que pude, fazendo os horários certos das refeições, comendo muita coisa boa e saudável.

De certa forma fiquei um pouco receosa de não ter ganho peso até então, mesmo sabendo pelos exames que estava tudo bem. Foi meio que uma neura mesmo.

Nesse mês, enfim recuperei o peso que havia perdido e ganhei mais um pouco, totalizando 3kg (2kg recuperados e 1kg sobresalente).

Meus seios pararam de doer/coçar. O sono diminuiu, mas me sentia constantemente cansada.

E como num passe de mágica, minha barriga despontou. Juro pra vocês que foi da noite pro dia. Fui dormir, não tinha nada, acordei e tinha uma bolota no ventre.

O bebê parecia que dava cambalhotas na minha barriga.

♥ Emocionalmente ♥

Eu já estava bem melhor. Claro que ainda tinha muita coisa rolando aqui na minha mente, mas os pensamentos egoístas foram embora, a chateação foi embora... a aceitação chegou, mas com ela vieram as preocupações. Como íamos criar uma criança e fornecer tudo o que ela precisasse, como ia ser a responsabilidade de cuidar, educar, alimentar... ter alguém 100% dependente de mim, sabe? Tudo isso foi surgindo na minha cabeça e me deixando muito aflita... Mas, meu marido me conhecendo bem, percebeu que eu não tava no meu estado normal e conversou muito comigo. Se mostrou muito seguro e confiante e me tranquilizou muito. Ele é muito sincerão, sabe? E quando eu disse que não era possível ele não estar sentindo um medinho, ele disse: "Eu tô é me cagando, mas a gente vai ter um bebêzinho e vai ser legal. Vamos dar um jeito em tudo, a gente sempre dá." Bom, ele disse uma verdade, então passei a ver tudo com mais calma e leveza.

Acho que estar sentindo o bebê mexer, chutar horrores, me fez muito bem também. Acabei me apegando. Criei um vínculo sentimental com esse serzinho que está dentro de mim. Sei lá, eu não sei bem explicar...

Talvez no terceiro trimestre eu já tenha respostas para todas as minhas questões... então, me aguardem com o próximo post...

Suh